Navegar é preciso ?
Não por poucas vezes me pergunto qual o sentido da vida. Que barco é esse que vim parar onde sou obrigado a remar, remar em busca de algo que não vejo.
O final da história dos remadores será a morte certa, todos no barco sabem disso. Mas "navegar é preciso"!
Para alguns "é preciso navegar" porque muito mais que alcançar o destino, o que vale é o percurso, como ele é feito e administrado, vivido, conduzido.
As remadas desse, são clássicas, pomposas e não desmedidas.
Em cada remada a busca é para colher algo de alguém, se relacionar, mas o destino não é totalmente certo para esse que rema, tanto que busca em cada dia seu final sem se preocupar com O final. Ele faz de cada dia sua meta. Ele sabe que ali no meio do mar ele vai plantar o que será colhido no futuro.
Para outros "navegar é preciso" pela ansiedade de saber o que nos espera no destino final. Cada remada é reflexo da ânsia, da dúvida e do querer que todo aquele esforço tenha valido a pena ao final.
Suas remadas são fortes e profundas. Busca a velocidade, mas esse também não sabe o que o aguarda e por isso quer chegar rápido.
Só sabe trabalhar com coisas concretas, mas diferente do primeiro remador lá de cima, a possibilidade de haver algo lhe incomoda, mesmo não crendo muito nisso. Seu coração sofre da síndrome de Tomé.
Mas de que adianta crer que as remadas no tempo e no espaço é o todo e o tudo?
Pra que remar?
Melhor é ficar parado, viver da plena felicidade conquistada pela ignorância.
Mas isso é impossível, um vez você tendo existido como ser humano, sua consciência e inquietação será sua maldição ou glória.
Remar não é preciso, o que é realmente necessário é QUERER remar ainda que não se reme, é querer fazer bem, mesmo que às vezes não seja possível.
Não é preciso chegar em lugar nenhum, mas é preciso que ao chegar em qualquer lugar que seja tenha valido a pena, não pelo lugar, mas pela viagem feita.
Ao final de tudo haverá num só lugar dois lugares!
Para aqueles que fizeram a viagem valer a pena a cada instante, esses alcançaram o céu, para aqueles que remaram ansiosos pela chegada alcançarão o inferno da frustração.
A projeção da conquista transformará as remadas em amargor, dureza de coração.
Ser leve deixa tudo leve. Ser leve não leviano. Ser tranqüilo não relaxado, ser desapegado e não bobo.
Quero remar com leveza e tranqüilidade e ao chegar junto com TODOS "no destino" o inferno será para ALGUNS e para mim esse mesmo lugar será o céu.
É o que quero pra mim.
Encontrarei Jesus à beira da praia e lhe darei um abraço como meu Salvador. Para outros esse irreconhecido Jesus será um remador qualquer que chegou antes num barco que veio remando com um outro grupo com características semelhantes.
Terão encontrado sem, no entanto ter encontrado.
Nesse inferno, logo sairão novamente com remadas em busca da plena felicidade motivados pela ansiedade e inquietação. Achando que é nas coisas grandes é que mora a plenitude.
Ficarão assim eternamente.
Eu, porém aquietarei pelo que já conquistei pelo caminho. Eternamente quieto sem mais precisar remar. Olhando aqueles que chegam e se vão a cada tempo em busca de respostas que estão dentro deles mesmos, e a cada remada indo para mais longe de Deus e de si próprios.
Fábio Fino
O final da história dos remadores será a morte certa, todos no barco sabem disso. Mas "navegar é preciso"!
Para alguns "é preciso navegar" porque muito mais que alcançar o destino, o que vale é o percurso, como ele é feito e administrado, vivido, conduzido.
As remadas desse, são clássicas, pomposas e não desmedidas.
Em cada remada a busca é para colher algo de alguém, se relacionar, mas o destino não é totalmente certo para esse que rema, tanto que busca em cada dia seu final sem se preocupar com O final. Ele faz de cada dia sua meta. Ele sabe que ali no meio do mar ele vai plantar o que será colhido no futuro.
Para outros "navegar é preciso" pela ansiedade de saber o que nos espera no destino final. Cada remada é reflexo da ânsia, da dúvida e do querer que todo aquele esforço tenha valido a pena ao final.
Suas remadas são fortes e profundas. Busca a velocidade, mas esse também não sabe o que o aguarda e por isso quer chegar rápido.
Só sabe trabalhar com coisas concretas, mas diferente do primeiro remador lá de cima, a possibilidade de haver algo lhe incomoda, mesmo não crendo muito nisso. Seu coração sofre da síndrome de Tomé.
Mas de que adianta crer que as remadas no tempo e no espaço é o todo e o tudo?
Pra que remar?
Melhor é ficar parado, viver da plena felicidade conquistada pela ignorância.
Mas isso é impossível, um vez você tendo existido como ser humano, sua consciência e inquietação será sua maldição ou glória.
Remar não é preciso, o que é realmente necessário é QUERER remar ainda que não se reme, é querer fazer bem, mesmo que às vezes não seja possível.
Não é preciso chegar em lugar nenhum, mas é preciso que ao chegar em qualquer lugar que seja tenha valido a pena, não pelo lugar, mas pela viagem feita.
Ao final de tudo haverá num só lugar dois lugares!
Para aqueles que fizeram a viagem valer a pena a cada instante, esses alcançaram o céu, para aqueles que remaram ansiosos pela chegada alcançarão o inferno da frustração.
A projeção da conquista transformará as remadas em amargor, dureza de coração.
Ser leve deixa tudo leve. Ser leve não leviano. Ser tranqüilo não relaxado, ser desapegado e não bobo.
Quero remar com leveza e tranqüilidade e ao chegar junto com TODOS "no destino" o inferno será para ALGUNS e para mim esse mesmo lugar será o céu.
É o que quero pra mim.
Encontrarei Jesus à beira da praia e lhe darei um abraço como meu Salvador. Para outros esse irreconhecido Jesus será um remador qualquer que chegou antes num barco que veio remando com um outro grupo com características semelhantes.
Terão encontrado sem, no entanto ter encontrado.
Nesse inferno, logo sairão novamente com remadas em busca da plena felicidade motivados pela ansiedade e inquietação. Achando que é nas coisas grandes é que mora a plenitude.
Ficarão assim eternamente.
Eu, porém aquietarei pelo que já conquistei pelo caminho. Eternamente quieto sem mais precisar remar. Olhando aqueles que chegam e se vão a cada tempo em busca de respostas que estão dentro deles mesmos, e a cada remada indo para mais longe de Deus e de si próprios.
Fábio Fino
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