Eu negaria a Deus! E vc ?
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo.
O que é amar o próximo como a si mesmo? Eu me perguntava enquanto cruzava a pé as ruas da Oscar freire na cidade de São Paulo. Depois de alguns cruzamentos lembrei-me do ditado: "Não desejar para o outro aquilo que não desejaria a si próprio". Acho que são sinônimas as colocações.
Mas até onde vai o sentimento de amar o próximo quando esse amar implica em desejar um mal menor ao outro quando nos encontramos frente a um problema indissolúvel?
Sempre que nos encontramos em questões vitais, a tendência da massa é o discurso moralista pela simplicidade que ele oferece, como se todos nós tivéssemos uma espécie de vocação para mártires contemporâneos. Onde individuo é esquecido e o discurso da "bela viola" é anunciado pelos "vendedores polishop" desse mundo tirano. Sempre foi assim. Não poucas vezes fui vítima desses tais.
Amaldiçoar a Deus e morrer em paz ? Jamais !!!! Diriam os crentes frente ao problema de Jó.
Jó é que estava certo em agüentar toda a aflição e terrível sofrimento, diriam na unanimidade burra dos crentes, afinal amar a Deus é sobre todas as coisas.
Aliás, Jó bem sabatinado pela religião martirizou-se com glória. Mas queria saber qual seria a conclusão dos teólogos se não soubéssemos o final dessa história. Que desculpa seria dada ? Mas ta tudo lá para o literalistas poderem jogar na nossa cara.
Mas será mesmo ?
Como posso amar a Deus sobre todas as coisas se parte que faz de mim o que sou é dúvida, alienação, preconceito, fragilidade e autoengano ? O que me compõe como humano é composto muito mais por dúvidas do que por respostas concretas. A todas as dúvidas, sejam elas existenciais ou não, apenas a fé pode minimizar a urticária que nos causa. Mas que fé é essa que preciso ter, que qdo a conquisto logo vem o homem com vãs filosofias para aparar as arestas e limar as bordas dessa minha elucidação não humana ?
A minha fé será medida ante ao dilema pela pseudo-autosuficiência em vencer a dor ? Seja a dor do corpo ou a dor da alma nem todos nascem com vocação para serem mártires. Logo Jó diante da recusa em amaldiçoar a Deus, tornou-se a referencia da fé que entrega sua vida a Deus na certeza da salvação ainda que com a continuidade da dor.
Aos acusadores de Jó que lhe suplicavam o alivio da dor pela maldição tornaram-se vilões por quererem o bem, porém com uma proposta copiosa.
Mas como conciliar os dois sem o dilema ?
O dilema esta posto.
Eu, como já disse em outro texto negaria a Deus na hora se meu sofrimento fosse desse tamanho. Mas tenho certeza que Deus me entenderia. Da mesma forma que faria essa proposta se tivesse certeza do alivio da dor. Como imagem e semelhança de Deus, ou fui feito na fôrma errada ou em mim o sentimento de humanidade está acima das práticas e dos discursos religiosos. Tudo porque vejo no Deus da misericórdia a maior misericórdia de todas que é o de compreender o se humano mais que ele mesmo pode se compreender.
Talvez por isso Deus não nos prove além do que possamos suportar, e é por isso também que me recuso a fazer da teologia a ciência que estuda a Deus, pois é na limitação que se compõe o ser humano que sou.
Sou 100% humano.
Nem amaldiçoar nem amar a Deus sobre Todas as coisas. Deixo a resposta para o individuo que decida na hora do flagelo. E seja qual for sua decisão será apenas sua verdade única e para todo o resto que assiste. Nem mais santo nem menos santo, apenas uma atitude humana de quem ama, que seja lá qual for à decisão será ainda a expressão maior do amor de Deus.
Como disse o poeta Sérgio Pimenta em seu leito de morte: Só quem sofreu pode analisar quem sofreu.
Fábio Fino.
O que é amar o próximo como a si mesmo? Eu me perguntava enquanto cruzava a pé as ruas da Oscar freire na cidade de São Paulo. Depois de alguns cruzamentos lembrei-me do ditado: "Não desejar para o outro aquilo que não desejaria a si próprio". Acho que são sinônimas as colocações.
Mas até onde vai o sentimento de amar o próximo quando esse amar implica em desejar um mal menor ao outro quando nos encontramos frente a um problema indissolúvel?
Sempre que nos encontramos em questões vitais, a tendência da massa é o discurso moralista pela simplicidade que ele oferece, como se todos nós tivéssemos uma espécie de vocação para mártires contemporâneos. Onde individuo é esquecido e o discurso da "bela viola" é anunciado pelos "vendedores polishop" desse mundo tirano. Sempre foi assim. Não poucas vezes fui vítima desses tais.
Amaldiçoar a Deus e morrer em paz ? Jamais !!!! Diriam os crentes frente ao problema de Jó.
Jó é que estava certo em agüentar toda a aflição e terrível sofrimento, diriam na unanimidade burra dos crentes, afinal amar a Deus é sobre todas as coisas.
Aliás, Jó bem sabatinado pela religião martirizou-se com glória. Mas queria saber qual seria a conclusão dos teólogos se não soubéssemos o final dessa história. Que desculpa seria dada ? Mas ta tudo lá para o literalistas poderem jogar na nossa cara.
Mas será mesmo ?
Como posso amar a Deus sobre todas as coisas se parte que faz de mim o que sou é dúvida, alienação, preconceito, fragilidade e autoengano ? O que me compõe como humano é composto muito mais por dúvidas do que por respostas concretas. A todas as dúvidas, sejam elas existenciais ou não, apenas a fé pode minimizar a urticária que nos causa. Mas que fé é essa que preciso ter, que qdo a conquisto logo vem o homem com vãs filosofias para aparar as arestas e limar as bordas dessa minha elucidação não humana ?
A minha fé será medida ante ao dilema pela pseudo-autosuficiência em vencer a dor ? Seja a dor do corpo ou a dor da alma nem todos nascem com vocação para serem mártires. Logo Jó diante da recusa em amaldiçoar a Deus, tornou-se a referencia da fé que entrega sua vida a Deus na certeza da salvação ainda que com a continuidade da dor.
Aos acusadores de Jó que lhe suplicavam o alivio da dor pela maldição tornaram-se vilões por quererem o bem, porém com uma proposta copiosa.
Mas como conciliar os dois sem o dilema ?
O dilema esta posto.
Eu, como já disse em outro texto negaria a Deus na hora se meu sofrimento fosse desse tamanho. Mas tenho certeza que Deus me entenderia. Da mesma forma que faria essa proposta se tivesse certeza do alivio da dor. Como imagem e semelhança de Deus, ou fui feito na fôrma errada ou em mim o sentimento de humanidade está acima das práticas e dos discursos religiosos. Tudo porque vejo no Deus da misericórdia a maior misericórdia de todas que é o de compreender o se humano mais que ele mesmo pode se compreender.
Talvez por isso Deus não nos prove além do que possamos suportar, e é por isso também que me recuso a fazer da teologia a ciência que estuda a Deus, pois é na limitação que se compõe o ser humano que sou.
Sou 100% humano.
Nem amaldiçoar nem amar a Deus sobre Todas as coisas. Deixo a resposta para o individuo que decida na hora do flagelo. E seja qual for sua decisão será apenas sua verdade única e para todo o resto que assiste. Nem mais santo nem menos santo, apenas uma atitude humana de quem ama, que seja lá qual for à decisão será ainda a expressão maior do amor de Deus.
Como disse o poeta Sérgio Pimenta em seu leito de morte: Só quem sofreu pode analisar quem sofreu.
Fábio Fino.
1 Comments:
Olá, eu tenho um blog:
http://has02.blogspot.com/ gostaria que o mediador(a) deste blog entrasse em contato comigo para tratarmos de um assunto do seu interesse... Grato!
Postar um comentário
<< Home