22 novembro 2007

O ladrão de galinha e o Colarinho Branco...

Conheci muito poucos homens e mulheres na igreja capazes de anunciar o Evangelho e viver sob essa verdade com toda integridade que Jesus sugere. Uma grande maioria dos que conheci foi covarde e anunciavam apenas os seus próprios interesses e desejos, a outra grande parte é tão burra e sem opinião que seguiam anunciando guiados pelo cabresto que só mesmo um burro poderia usar, calcavam suas opniões no auto-engano e piedade vertiginosa e hipócrita.

Cresci entre eles e Deus é minha testemunha que conheço bem o que aqui digo.

Conheço bem aqueles que dizem “fulano lá é corajoso prega o verdadeiro evangelho, e nós aqui temos que fazer o trabalho sujo...” (desculpe, mas não resisti amigo....rs)

Não gosto de escrever coisas que me fazem parecer que estou cuspindo no prato que comi, mas as vezes é preciso experimentar do próprio veneno para entender o quanto mal temos feito aos outros. Só sinto tristeza em saber no meio religioso não respeita nem mesmo as regras hediondas criadas para eles mesmos.

Não! Assim não dá! Até entre gangster as regras devem ser seguidas, não há exceções. Entre prisioneiros há leis e são seguidas sob o risco de morte. No mundo animal há regras...

1964 havia censura em nome da boa ordem. Mas boa ordem de que ?
Algum sábio – considerado subversivo – gritaria: “...Boa ordem da maldita Geni.. da podre ditadura que nos assola com suas mentiras obrigando-nos a calar..”
Na visão dos desinformados o governo estava certo em “calar” os “Cavaleiros da Esperança”, na visão dos subversivos a ditadura era o mal que calava a verdade e a liberdade que nos é inerente.

Duas visões diferentes para um único desejo: O BEM DE TODOS.

Os meios não justificam os fins é o ditado mais batido que conheço, mas que cabe como uma luva para ilustrar tudo isso.

Afinal de contas por quem os sinos dobram ?
Pode haver pesos diferentes para a mesma medida de um mesmo produto?

Desde sempre aqueles que estão no poder tendem a esconder a verdade, quando essa verdade ultrapassa determinadas fronteiras.
Mas até para ser cara de pau há de se ter limites.

É assim desde sempre, quando não justificam esconder a verdade dizendo que é para preservar o todo, usam da misericórdia casuística em nome do poder. As vezes até parece o discurso daquela mulher linda e gostosa dando um fora no Mané-feio do namorado: “- Você merece coisa melhor que eu..!”.

No meio religioso infelizmente é assim. Ladrão de galinha que rouba pra matar a fome é queimado vivo em praça publica, mas mafioso do colarinho branco filho de Juiz é condecorado em segredo com a patente de honra ao mérito.

Que belo avengelho não é mesmo ?

Tem que ser assim né ? Que Juiz condenaria outro juiz sabendo que ambos incorrem do mesmo erro ?
100 anos de perdão pra eles...

Aos ladrões de galinha a regra é outra. Queimem por vezes um ou outro para manter a boa ordem do local, isso é para o bem deles mesmo!

Desculpe-me Mário Quintana, mas não concordo com o ditado que diz: “
O mais triste de um passarinho engaiolado é que ele se sente feliz!”

E assim o evangelho vai sendo anunciado a pesos e medidas relativos.
Como se todos nós fossemos pássaros e uma águia real viesse voando do céu e anunciasse o evangelho dizendo que o verdadeiro evangelho é viver dentro de gaiolas.

Nasci para voar e é assim que vou viver. O evangelho é leve e não cabe nele hipocrisia. Somos seduzidos pela verdade e liberdade de pensamento isso sim nos leva a Deus. Qualquer coisa diferente disso leva ao auto-engano e a tantas
auto-outras-coisas.....

É assim que sempre tenho dito.

Mas no fim de tudo nem galinha eu roubei, pois eram minhas mesmo. O cara de Colarinho branco é que vivia louco por um ensopado de frango e inventou toda essa história para ficar com toda minha ninhada.
E o culpado de tudo no fim acaba sendo eu mesmo....

Inocentemente culpado por um crime que não cometi!

(não entendeu nada ? Quem disse que era pra entender ?)